Dom Carlos de Bragança
Cascais, 1884Aguarela sobre papel colado em folha de álbum
11,6 × 23 cm
Museu Nacional da Arte Contemporânea no Chiado
Historial
Pertenceu à colecção particular da Duquesa de Bragança, depois, Rainha D. Amélia. Depois da sua morte, transitou para a colecção do Conde de Paris, que a doou ao Estado português através da Fazenda Pública, em 1955.
Exposições
Lisboa, 1958, 28; Oeiras, 1998, cor.
Estas panorâmicas de Cascais integram álbuns, encadernados e de grandes dimensões, com apontamentos e registos dos passeios reais, reflectindo uma curiosa sensibilidade
pictórica e grande qualidade técnica, que por vezes associa a aguarela e a tinta-da-china, em páginas criativas de dinâmicas manchas estilísticas. Fialho de Almeida afirmava que o rei se esforçava “por pintar em português”, representando mares próximos da capital,
e especialmente na zona de Cascais, onde a família real estanciava. Afastado de mundanidades mas também do governo do país, numa monarquia polémica e contestada, desenvolvia o seu interesse pelos temas marítimos, pouco habituais na pintura portuguesa. O seu sensitivo tratamento da luz, em captações vigorosas de mar ou, neste caso, o registo da tranquilidade serena das águas da baía, que se estende por um casario ordenado e suaves colinas ou arribas, referenciam obras que ultrapassam o apontamento e assumem uma talentosa dimensão artística, habilmente desenvolvida na sua produção de marinhas.
Maria Aires Silveira
Pertenceu à colecção particular da Duquesa de Bragança, depois, Rainha D. Amélia. Depois da sua morte, transitou para a colecção do Conde de Paris, que a doou ao Estado português através da Fazenda Pública, em 1955.
Exposições
Lisboa, 1958, 28; Oeiras, 1998, cor.
Estas panorâmicas de Cascais integram álbuns, encadernados e de grandes dimensões, com apontamentos e registos dos passeios reais, reflectindo uma curiosa sensibilidade
pictórica e grande qualidade técnica, que por vezes associa a aguarela e a tinta-da-china, em páginas criativas de dinâmicas manchas estilísticas. Fialho de Almeida afirmava que o rei se esforçava “por pintar em português”, representando mares próximos da capital,
e especialmente na zona de Cascais, onde a família real estanciava. Afastado de mundanidades mas também do governo do país, numa monarquia polémica e contestada, desenvolvia o seu interesse pelos temas marítimos, pouco habituais na pintura portuguesa. O seu sensitivo tratamento da luz, em captações vigorosas de mar ou, neste caso, o registo da tranquilidade serena das águas da baía, que se estende por um casario ordenado e suaves colinas ou arribas, referenciam obras que ultrapassam o apontamento e assumem uma talentosa dimensão artística, habilmente desenvolvida na sua produção de marinhas.
Maria Aires Silveira
Sem comentários:
Enviar um comentário