Luciano Freire
Desolação, 1900
Óleo sobre tela
100 por 135 cm
Museu Nacional da Arte Contemporânea no Chiado
Paisagem. Freire pinta uma planície fustigada por uma tempestade, sob um céu carregado e debaixo de um intenso aguaceiro. Em primeiro plano, um caminho pontuado lateralmente por dois arbustos conduz-nos o olhar para a direita da composição, onde se destaca uma árvore esguia, semi-despida de vegetação, abandonada e isolada; o contraste da sua presença com a extensa linha do horizonte, e a sua relação com o título, proporcionam sem dúvida o tom desolado e metafórico desta composição. Apesar de ser uma paisagem, e esta dever sem dúvida à série "coup de vent" de Corot, este quadro deve mais a um entendimento simbolista (ou romântico) da natureza, como um estado de alma, do que propriamente ao naturalismo barbizoniano que dominava a pintura portuguesa da época
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