Pretendemos ir construindo um guia da pintura naturalista portuguesa.
quinta-feira, 15 de dezembro de 2016
Dom Carlos
Carlos António Rodrigues dos Reis
Dom Carlos, 1904
Óleo sobre papel
400 × 300 cm
Fundação da Casa de Bragança - Paço Ducal de Vila Viçosa
Os amores do moleiro
Carlos António Rodrigues dos Reis
Os amores do moleiro,
Óleo sobre tela
48.2 × 69.9 cm
Museu Nacional das Belas Artes
O baptizado
Carlos António Rodrigues dos Reis
O Baptizado
Óleo sobre tela
130.5 × 165 cm
Museu Nacional das Belas Artes
Manhã em Clamart
Carlos António Rodrigues dos Reis
Manhã em clamart, 1896
Desenho a carvão
23,2 por 35 cm
Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves
Manhã em Clamart
Carlos António Rodrigues dos Reis
Manhã em clamart, 1889
Óleo sobre tela
38 por 55 cm
Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves
A volta da feira ( estudo)
Carlos António Rodrigues dos Reis
A volta da feira ( estudo), 1927
Desenho a carvão
63 por 49 cm
Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves
Cavalos ( estudo)
Carlos António Rodrigues dos Reis
Cavalos ( estudo), 1905
Óleo sobre madeira
29 por 18,5 cm
Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves
terça-feira, 13 de dezembro de 2016
A vendedora de laranjas
Maria de Lourdes Melo e Castro
A vendedora de laranjas, 1929
Óleo sobre tela
Museu José Malhoa nas Caldas da Rainha
segunda-feira, 12 de dezembro de 2016
Esperando o sucesso
Henrique César de Araújo Pousão
Esperando o sucesso, 1882
Óleo sobre madeira
131,5 por 83,5 cm
Museu Nacional Soares dos Reis
Vesúvio estudo
Henrique César de Araújo Pousão
Vesúvio - estudo, 1882
Óleo sobre madeira
9,8 por 16,4 cm
Museu Nacional Soares dos Reis
Aspecto de Pompeia - Vesúvio
Henrique César de Araújo Pousão
Aspecto de Pompeia - Vesúvio, 1882
Óleo sobre madeira
9,8 por 16,4 cm
Museu Nacional Soares dos Reis
Arvoredo - Albano
Henrique César de Araújo Pousão
Arvoredo - Albano, 1882
Óleo sobre madeira
9,9 por 16,5
Museu Nacional Soares dos Reis
Barcos Capri
Henrique César de Araújo Pousão
Barcos Capri, 1882
Óleo sobre madeira
10 por 16,5 cm
Museu Nacional Soares dos Reis
Rio e Casas - Roma
Henrique César de Araújo Pousão
Rio e casas Roma, 1883
Óleo sobre madeira
9,9 por 16,4
Museu Nacional Soares dos Reis
Cecília
Henrique César de Araújo Pousão
Cecília, 1882
Óleo sobre madeira
82,3 por 57,2 cm
Museu Nacional Soares dos Reis
Num espaço interior, que se adivinha de arquitectura imponente, está representada uma figura feminina de modelo romana, em posição frontal, sentada, e voltada para uma cadeira azul cujo espaldar figura no primeiro plano da composição. Segura nas mãos um pequeno livro aberto, em posição de leitura, que a rapariga terá interrompido: o olhar é dirigido para o observador. O fundo do quadro é preenchido pela representação da base de uma coluna em mármores cinzento e preto e por um pequeno trecho de parede em tonalidade contrastante onde predominam os ocres e sobressai o vermelho. A figura traja a habitual indumentária dos modelos "ciociaro", sendo aqui bem visível a blusa branca e o lenço colorido sobre os ombros, o habitual colar de contas de coral e a tradicional cobertura de cabeça. Na composição assume um papel relevante o provável xaile, pousado na cadeira do primeiro plano, no canto inferior direito, pela conjugação de cores do padrão geométrico, que constitui um contraponto cromático com o já referido trecho de parede que ocupa o canto oposto do quadro.
Tronco de árvore
Henrique César de Araújo Pousão
Tronco de árvore
Óleo sobre madeira
22 por 15,9 cm
Museu Nacional Soares dos Reis
Rua de Capri
Henrique César de Araújo Pousão
Rua de Capri, 1882
Óleo sobre madeira
36,5 por 16
Museu Nacional Soares dos Reis
Rua de Capri
Henrique César de Araújo Pousão
Rua de Capri, 1882
Óleo sobre madeira
36,5 por 16
Museu Nacional Soares dos Reis
Muro e escadas ( estudo)
Henrique César de Araújo Pousão
Muro e escadas ( estudo), 1882
Óleo sobre madeira
36,5 por 16
Museu Nacional Soares dos Reis
Esta obra pertence a um conjunto de "ruas de Capri", uma série de oito pranchas de madeira com a mesma dimensão e características, realizadas pelo pintor na sua primeira estadia na ilha de Capri, em 1882. O pintor escolheu um trecho de escadaria íngreme como tema principal da composição. A partir de um pátio que se adivinha à esquerda, por onde entra a luz, arranca uma escadaria que tem, junto aos primeiros degraus, uma árvore e um vaso com arbusto. A escada está enquadrada entre dois muros: um à direita que se eleva em toda a altura da composição e, à esquerda, um outro muro que, além de fazer a divisão entre o pátio e o jardim do patamar superior, acompanha a escadaria até ao topo. No jardim, a meia altura, existe uma vegetação densa que, associada à folhagem da árvore do primeiro plano, faz as sombras que marcam presença em toda a composição. A luz intensa que se projecta da esquerda inunda parte da parede caiada, num branco luminoso. Por entre as sombras que transformam o branco da parede em manchas azuis e liláses o pintor faz vibrar a luz que passa através da folhagem, em breves pinceladas brancas. A composição completa-se com um apontamento de azul intenso que representa o céu, bem no alto da escadaria
Um páteo
Henrique César de Araújo Pousão
Um páteo, 1881
Óleo sobre cartãomadeira
26,5 por 16,7
Museu Nacional Soares dos Reis
Trecho de recanto de um pátio com representação de coluna e escadaria. Todos os elementos arquitectónicos representados na composição, e que preenchem a quase totalidade da superfície do quadro, são caiados de branco, o que confere à composição um quase monocromatismo. A pintura é trabalhada em variantes de branco, conforme representem áreas iluminadas ou de sombras, com leves tonalidades de azul acinzentado e dourado. Destacam-se alguns elementos que acrescentam as poucas variações cromáticas sobre o predomínio dos brancos da arquitectura: são eles, a videira, cujo tronco fino, castanho, desenha uma linha oblíqua até chegar à coluna e a respectiva ramagem verde que rodeia a coluna na parte superior e se estende em ramada, as peças de roupa estendidas sobre uma corda e a pequena janela aberta na parede frontal.
Mendigo Lapita
Henrique César de Araújo Pousão
Mendigo Lapita, 1880
Óleo sobre madeira
23,5 por 14,2
Museu Nacional Soares dos Reis
Figura de homem, representado de corpo inteiro e de pé. A figura está um pouco inclinada para o lado esquerdo, apoiada pela axila do braço direito numa espécie de muleta. No rosto barbado, a pincelada espessa e rogosa dá à figura uma aparência de feições vincadas. Este mendigo andrajoso é um tanto caricaturado pelo chapéu alto enterrado na cabeça que lhe faz salientar as orelhas. Toda a composição é trabalhada em pinceladas rápidas e largas, particularmente evidentes no tratamento do traje da figura onde o pintor utiliza maior quantidade de tinta. A figura foi representada defronte de uma parede branca com ampla janela. A parte superior do corpo, correspondente ao busto, inscreve-se sobre a mancha negra criada pela abertura da janela com grades que se abre para a obscuridade. Esta janela é "emoldurada" por uma faixa de pedra que introduz uma mancha ocre avermelhada na composição. É de salientar a descentralidade da janela que o limite esquerdo do quadro interrompe e que do extremo direito deixa ver uma faixa estreita da parede branca. O carácter de esboço que tem este pequeno quadro é acentuado no tratamento inacabado do chão onde os pés da figura mal se distinguem.
Ramada e muro com vasos (estudo)
Henrique César de Araújo Pousão
Ramada e muro com vasos (estudo), 1882
Óleo sobre madeira
36,5 por 16
Museu Nacional Soares dos Reis
Representação de um pequeno trecho de um pátio, com murete de canteiro, coluna e ramada. Nesta tomada de vista pouco comum, a composição é estruturada pela oblíqua do murete em baixo, que a atravessa quase na totalidade, as linhas verticais da coluna de secção quadrangular, ao centro, e uma outra oblíqua traçada pela ramada verde, em cima. A mancha verde salpicada de vermelho, que emerge desordenada do canteiro, preenche todo o centro da composição, chamando o olhar e criando o equilíbrio na composição. Os caules finos, verticais, acompanham a coluna e reforçam o seu papel estruturante, bem como o tronco encurvado que liga visualmente a mancha verde do canteiro em baixo com a da parreira em cima. O jogo da luz e da sombra faz-se na alternancia das paredes brancas iluminadas até ao limite, e a sombra clara, azul, projectada sobre elas. O branco recebe aqui o mesmo tratamento que em outras obras de Pousão (por exemplo Escadas de Capri, Inv, 100/81 Pin MNSR), texturado com empastamento leve da tinta, a evidenciar a orientação da pincelada, por contraste com as zonas de sombra onde os cinzas e azuis são fluidos, deixando lisa a camada pictórica. Esta obra faz parte de uma série de oito representações de aspectos de Capri, produzidas durante o ano de 1882, que têm em comum não só o formato, mas também genericamente um mesmo tema e, sobretudo, uma mesma abordagem à luz e à geometria das arquitecturas e ruelas do local
Rua de Capri
Henrique César de Araújo Pousão
Rua de Capri, 1882
Óleo sobre madeira
36,5 por 16
Museu Nacional Soares dos Reis
Rua estreita de Capri com representação das paredes caiadas do casario sob a luz intensa mediterrânica. Composição estruturada nos planos ortogonais dos alçados, sobre uma linha longitudinal de rua que sobe, em patamares e escadaria, curvando para a direita. Numa paleta de cores reduzida onde predominam os brancos, ocres e azuis, o pintor procura os efeitos da luz sobre as superfícies planas, interrompidas pelas aberturas de portas e janelas marcadas pela projecção das sombras. A perspectiva é aqui muito vincada nas linhas de fuga e os arcos de ligação entre as duas faces do casario, além de a acentuarem, marcam a profundidade e a sucessão dos planos. Em contraste com todo o resto estão as duas aberturas do último plano, a porta e a janela sobrepostas, a negro, significando o vazio da sombra ou da ausência de luz. Um outro aspecto, que é frequente neste tipo de composições urbanas de Pousão, é a presença de breves apontamentos de vegetação, normalmente em vasos nas sacadas das janelas, aqui muito sumariamente sugeridas em breves pinceladas de verde. Resta ainda um aspecto particular que referencia esta composição a um lugar específico, a entrada do albergue onde Pousão se hospedava, propriedade de Nicola Ferace, cujo nome se inscreve na parede do fundo, só parcialmente visível.
Rua de Capri
Henrique César de Araújo Pousão
Rua de Capri, 1882
Óleo sobre madeira
36,5 por 16
Museu Nacional Soares dos Reis
Representação de um trecho de rua estreita com uma figura. A composição é dominada pelos panos de muro, como densos volumes brancos, sem aberturas, que se elevam para lá do limite superior. Ao fundo um pequeno arco enquadra uma articulação mais intrincada de muros, janelas e portas e, junto ao topo, um trecho de ramada e um vaso, notação de cor que dimensiona os últimos planos. Ao centro uma figura de menina, vestida de azul e com lenço amarelo na cabeça, caminha na direcção do observador segurando uma bilha. Os muros brancos reflectem uma luz intensa que nalguns pontos quase dilui o contorno e a forma dos volumes. A luz é reforçada pelo azul vibrante de um pequeno trecho de céu deixado visível acima dos muros. Nesta obra é sobretudo a alternância das zonas de sombra e de luz que constrói o espaço e diferencia os vários planos da composição. A pincelada solta vai diferenciando tons e texturas pela diferente orientação e pelo recurso pontual a empastamentos ligeiros. Na zona superior, sobretudo no céu, a tinta, mais fluida, é texturada pela pressão dos dedos. Esta obra faz parte de uma série de oito representações de aspectos de Capri, produzidas durante o ano de 1882, que têm em comum não só o formato, mas também genéricamente um mesmo tema e, sobretudo, uma mesma abordagem à luz e à geometria das arquitecturas e ruelas do local,
domingo, 11 de dezembro de 2016
Cabeça de Rapaz
Luciano Freire
Cabeça de Rapaz, 1905
Óleo sobre tela
31,5 por 28,2 cm
Museu José Malhoa nas Caldas da Rainha
Retrato de rapaz, em busto, de frente para o observador; de rosto sorridente, com um boné na cabeça, camisa branca desabotoada no colarinho e colete castanho. Todo o fundo é em azul claro com algumas pinceladas mais brancas, junto à linha dos ombros da figura; no canto superior esquerdo, um pequeno triângulo, é pintado a verde.
Junto ao regato
Luciano Freire
junto ao regato
óleo sobre tela
104,5 por 79 cm
Museu José Malhoa nas Caldas da Rainha
Representação de jovem do sexo masculino, nu, de pele clara e rosada, em primeiro plano, sentado numa pedra em pose, junto a um regato. Posição a três quartos, direccionado para o lado direito, cabeça inclinada para trás numa expressão sorridente e direccionada para o canto superior esquerdo. O seu braço esquerdo está flectido, elevado pelo cotovelo que quase toca no extremo superior do quadro e a mão junto ao pescoço. O outro braço, junto ao canto inferior esquerdo, tem a mão assente na rocha, de cor castanha, aonde está sentado. A sua perna direita está flectida com o pé assente na rocha e mais elevada que a outra, esta junto à extremidade lateral inferior direita, a qual encontra-se mergulhada na água numa mancha azulada próxima do canto inferior direito. No quarto superior direito, ao longe, uma silhueta, de cor castanha pouco definida, de uma fábrica com chaminés e fumo, num fundo que se divide em rochedos, água, e supostos vales e montanhas. Todo o fundo é em tons azuis marinhos, brancos, cinzas e castanhos esverdeados. No canto superior esquerdo, o recorte de arvoredo em tons de verde. Junto ao extremo superior, numa faixa pequena, surge o céu num azul misturado em nuvens desfeitas.
Cabeça de Velho
Luciano Freire
Cabeça de velho
Óleo sobre tela
38 por 33,5 cm
Museu José Malhoa nas Caldas da Rainha
Retrato de um velho em primeiro plano, seccionado pelos ombros no extremo inferior e laterais. Corpo e rosto a três quartos, ambos direccionados para o lado direito da pintura. A figura representada, ocupa oblíquamente a área da pintura, subindo na composição, do canto inferior esquerdo ao meio do extremo lateral direito. Rosto com feições muito vincadas pela idade, olhar dirigido para cima e boca levemente aberta. Cabelo castanho, curto e ondulado, com bigode e barbas grisalhas, longas, as quais chegam ao canto inferior direito. A sua mão esquerda está apoiada na face esquerda realçando o dramatismo da expressão do retratado. É visível ao canto inferior esquerdo o ombro da figura reforçando a obliquídade da figura na tela. O rosto está em sombra na face voltada para o observador, contrastando com o fundo uniforme, em cinzento claro. Veste camisa branca e suspensórios.
Estação de caminhos de ferro Sul e Sueste
Alberto Sousa
Estação de caminhos de ferro Sul e Sueste, 1910
Aguarela sobre pastel
52 × 72 cm
Museu Nacional da Arte Contemporânea no Chiado
Historial
Adquirido pelo Estado através do Legado Valmor em 1910. Integrado no MNAC em 1911.
Exposições
Lisboa, 1910, 270, Lisboa, 1913, 38; Lisboa, 1946; Lisboa, 1951, 1, p.b.; Lisboa, 1971; Lisboa, 1982, p.b.
O mais interessante nesta aguarela é o enfoque compositivo do motivo, valorizando plasticamente as linhas incertas, simultaneamente densas e transparentes, da estacaria que suporta os casebres modestos da estação fluvial. A instabilidade assim sugerida contrasta com a solidez da amurada e o adivinhado torreão da Praça do Comércio, metaforizando o corpo lacustre da cidade. Registe-se também o timbrismo suave da luz de pôr do sol, enrouquecendo a água e acinzentando a atmosfera, num exercício móvel que quase absorve a atenção naturalista do registo.
Raquel Henriques da SIlva
Adquirido pelo Estado através do Legado Valmor em 1910. Integrado no MNAC em 1911.
Exposições
Lisboa, 1910, 270, Lisboa, 1913, 38; Lisboa, 1946; Lisboa, 1951, 1, p.b.; Lisboa, 1971; Lisboa, 1982, p.b.
O mais interessante nesta aguarela é o enfoque compositivo do motivo, valorizando plasticamente as linhas incertas, simultaneamente densas e transparentes, da estacaria que suporta os casebres modestos da estação fluvial. A instabilidade assim sugerida contrasta com a solidez da amurada e o adivinhado torreão da Praça do Comércio, metaforizando o corpo lacustre da cidade. Registe-se também o timbrismo suave da luz de pôr do sol, enrouquecendo a água e acinzentando a atmosfera, num exercício móvel que quase absorve a atenção naturalista do registo.
Raquel Henriques da SIlva
Desolação
Luciano Freire
Desolação, 1900
Óleo sobre tela
100 por 135 cm
Museu Nacional da Arte Contemporânea no Chiado
O Mercado das Caldas
Alberto de Sousa
O mercado das Caldas da Rainha, 1940
Aguarela sobre papel
38 por 54 cm
Museu José Malhoa nas Caldas da Rainha
Retrato geral do mercado das Caldas da Rainha. Composto por uma série de cenas estanques em que são representados os vendedores de produtos agrícolas, vestidos com os trajes típicos, trajes de trabalho. Na metade superior da pintura, encontram-se representados vários registos de vendedores executando diversas tarefas. Na metade inferior, um conjunto de feirantes curvados perante as suas mercadorias espalhadas pelo chão ou em cestos, evidenciando-se uma senhora de pé, vestida com camisa vermelha e saia verde. O cromatismo utilizado nesta composição varia entre tons fortes e escuros.
Palácio de Sintra
Alberto de Sousa
Palácio de Sintra
Aguarela sobre papel
64 por 73,7 cm
Museu Municipal de Sintra
Imagem parcial da Vila de Sintra, onde se evidencia, à esquerda e no topo, a figura do Palácio Nacional de Sintra. A seus pés, desenvolve-se o casario circundante, cujos tons claros e "esbatidos" contrastam com o cinzento "sujo" da fachada do palácio (imagem diferente da actualidade, com as paredes recentemente caiadas). A recortar o ambiente, a vegetação numa variada gama de verdes. No casario identifica-se, também, o antigo edifício do mercado, onde se instalará o futuro Museu Municipal de História Natural. Mais à direita, a vegetação desdobra-se num olhar que se estende até à zona rural de Sintra, culminando num traço de horizonte colorido a amarelo.
Trecho da Trafaria
Luciano Freire
Trecho da Trafaria
Óleo sobre tela
37 por 46
Luciano Freire frequentava a Trafaria no Verão onde tinha uma casa na Rua 5 de Outubro, e foi aqui que fez a pintura a óleo sobre madeira Trecho da Trafaria.
Esta peça, que esteve a leilão em 2008, entretanto retirada, representa a velha Ermida de Nossa Senhora da Conceição da Trafaria, hoje totalmente em ruínas, e o casario circundante.
Perfume dos campos
Luciano Freire
Perfume dos campos, 1899
Óleo sobre tela
199 × 160,5 cm
Museu Nacional da Arte Contemporânea no Chiado
Historial
Oferecido pelo autor à Academia de Belas-Artes de Lisboa como prova de candidatura a Académico de Mérito, em substituição do quadro Os catraeiros, perdido no naufrágio do vapor Saint André, em 1901. Integrado no MNAC em 1911.
Exposições
Lisboa, 1899, 32; Lisboa, 1911, 68; Lisboa, 1913, 29; Lisboa, 1945; Londres 2000, 118, cor; Nova Iorque, 2000, 118, cor; Lisboa, 2005.
Esta composição sugere uma leitura crítica ao progresso citadino e à industrialização, recorrendo a um tratamento referencial de signos. A simplicidade da mensagem permitiu a Fialho de Almeida apelidar de “gasosa” a “deusa”, que poderia servir “de cartaz a qualquer fábrica de bebidas, para o que tinha as necessárias acomodações”.
Numa zona industrial, provavelmente Londres, visitada pelo artista, sob um céu azul tonal, surgem alucinações de corpos em desespero. Em contraste, no cimo da montanha paira uma imaginária figura feminina que a perfuma de açucenas brancas. Envolta por um véu de transparências violetas que traça o movimento da personagem, introduz a inocência e a pureza, metas de um “paradigma perdido”, verdejante de frescura. A sinuosidade das suas linhas, gestualidade e anelado da cabeleira, constituem um dos raros exemplos da estética arte nova na pintura portuguesa, embora o rosto apresente um tratamento naturalista. Elaborada em contrastes sucessivos, a obra sublinha confrontos civilizacionais e estéticos entre a realidade e o sonho.
Preludiando preocupações ecológicas, na viragem do século XIX para o XX, esta emblemática “mãe natureza”, é representada num “género inteiramente novo” (Ribeiro Artur). Em conjunto com aquelas alucinações, lança a composição para outra dimensão, ou seja, para uma animação que a aproxima às primeiras experiências da Lanterna Mágica, aos fantasiosos dioramas de Daguerre e aos iniciais ensaios cinematográficos.
Espírito activo e viajado, Luciano Freire permanece algum tempo em Paris e Londres, onde contacta com os progressos técnicos e culturais, entre as fábricas e o cinema, e as últimas correntes estéticas simbolistas.
Maria Aires SIlveira
Oferecido pelo autor à Academia de Belas-Artes de Lisboa como prova de candidatura a Académico de Mérito, em substituição do quadro Os catraeiros, perdido no naufrágio do vapor Saint André, em 1901. Integrado no MNAC em 1911.
Exposições
Lisboa, 1899, 32; Lisboa, 1911, 68; Lisboa, 1913, 29; Lisboa, 1945; Londres 2000, 118, cor; Nova Iorque, 2000, 118, cor; Lisboa, 2005.
Esta composição sugere uma leitura crítica ao progresso citadino e à industrialização, recorrendo a um tratamento referencial de signos. A simplicidade da mensagem permitiu a Fialho de Almeida apelidar de “gasosa” a “deusa”, que poderia servir “de cartaz a qualquer fábrica de bebidas, para o que tinha as necessárias acomodações”.
Numa zona industrial, provavelmente Londres, visitada pelo artista, sob um céu azul tonal, surgem alucinações de corpos em desespero. Em contraste, no cimo da montanha paira uma imaginária figura feminina que a perfuma de açucenas brancas. Envolta por um véu de transparências violetas que traça o movimento da personagem, introduz a inocência e a pureza, metas de um “paradigma perdido”, verdejante de frescura. A sinuosidade das suas linhas, gestualidade e anelado da cabeleira, constituem um dos raros exemplos da estética arte nova na pintura portuguesa, embora o rosto apresente um tratamento naturalista. Elaborada em contrastes sucessivos, a obra sublinha confrontos civilizacionais e estéticos entre a realidade e o sonho.
Preludiando preocupações ecológicas, na viragem do século XIX para o XX, esta emblemática “mãe natureza”, é representada num “género inteiramente novo” (Ribeiro Artur). Em conjunto com aquelas alucinações, lança a composição para outra dimensão, ou seja, para uma animação que a aproxima às primeiras experiências da Lanterna Mágica, aos fantasiosos dioramas de Daguerre e aos iniciais ensaios cinematográficos.
Espírito activo e viajado, Luciano Freire permanece algum tempo em Paris e Londres, onde contacta com os progressos técnicos e culturais, entre as fábricas e o cinema, e as últimas correntes estéticas simbolistas.
Maria Aires SIlveira
Auto retrato
Luciano Freire
Auto-retrato.
Óleo sobre tela
66 por 55
Museu Nacional da Arte Contemporânea no Chiado
Luciano Freire praticou uma pintura de um simbolismo discreto e sensível, que se evidencia neste auto-retrato de juventude. O rosto surge a três quartos, dramaticamente iluminado de lado, de barbicha cuidadosamente aparada. Ele destaca-se da brancura do colarinho, e da gravata com alfinete cravejado, moldurados pelo fato em pinceladas mais soltas. Ao fundo, destaca-se da obscuridade o rosto ambíguo de um dos escravos escultóricos de Miguel Ângelo, num testemunho estético algo decadentista sublimado numa vertente confessional.
Raquel Henriques da Silva
Bucolismo
Luciano Freire
Bucolismo
Óleo sobre tela
41 por 65
Museu Grão Vasco
Ao centro da composição destacam-se duas mulheres desnudadas, deitadas entre a vegetação. Em primeiro plano, uma das mulheres, olha sorridente e de forma provocatória para o espectador. O seu braço direiro ergue-se para que as costas da mão toquem delicadamente na sua face. As folhas encobrem parcialmente o corpo da mulher, deixando a descoberto parte dos seios. Num plano posterior, a outra mulher, de costas, igualmente deitada, vira intencionalmente a cabeça para olhar o observador. Ao longe, o olhar atento descobre o caminhar de uma lady com sombrinha vermelha, acompanhada pelo seu animal de estimação, um cão. Trata-se de uma obra onde o bucolismo, mas sobretudo, o erostismo se encontra bem presente. O significado desta obra, intencionalmente elaborada, é contudo pouco evidente.
Bucolismo
Óleo sobre tela
41 por 65
Museu Grão Vasco
Ao centro da composição destacam-se duas mulheres desnudadas, deitadas entre a vegetação. Em primeiro plano, uma das mulheres, olha sorridente e de forma provocatória para o espectador. O seu braço direiro ergue-se para que as costas da mão toquem delicadamente na sua face. As folhas encobrem parcialmente o corpo da mulher, deixando a descoberto parte dos seios. Num plano posterior, a outra mulher, de costas, igualmente deitada, vira intencionalmente a cabeça para olhar o observador. Ao longe, o olhar atento descobre o caminhar de uma lady com sombrinha vermelha, acompanhada pelo seu animal de estimação, um cão. Trata-se de uma obra onde o bucolismo, mas sobretudo, o erostismo se encontra bem presente. O significado desta obra, intencionalmente elaborada, é contudo pouco evidente.
Aldeia de St. Sauves
Henrique César de Araújo Pousão
Aldeia de St. Sauves, 1881
Óleo sobre madeira
46 por 47,8
Museu Nacional Soares dos Reis
Trecho de casario rural em que o primeiro plano é dominado por um espaço amplo em terra, interrompido à esquerda pela sombra de um edifício, esse ausente da representação. Este espaço, cujo eixo é marcado por uma figura que se dirige para o observador, fecha-se no plano seguinte com um pequeno declive e uma rua. Aí, em planos sucessivamente interrompidos, alternam os edifícios baixos, com os telhados de colmo ou de telha sob a luz branca intensa, e as suas sombras densas projectadas no chão. Além da primeira figura outras cinco se distribuem pela composição em planos mais distanciados, todas imóveis, sentadas nos muros ou de pé a conversar. Ao fundo uma torre de igreja, centrada na composição, projecta-se num dos planos mais distantes cortando o céu branco coberto de nuvens. A torre sineira aqui representada é a da igreja paroquial da aldeia de Saint Sauves d'Auvergne cujas obras de reconstrução haviam terminado poucos anos antes da estadia de Pousão no local.
Bailarina
Dom Carlos de Bragança
Bailarina
Carvão e pastel sobre papel
Fundação da Casa de Bragança - Paço Ducal de Vila Viçosa
Gado à bebida
Dom Carlos de Bragança
Gado à bebida ( Ribatejo), 1896
Pastel sobre cartão
Fundação da Casa de Bragança - Paço Ducal de Vila Viçosa
Dom Carlos
José Vital Branco Malhoa
Retrato do Rei D. Carlos,1890
óleo sobre tela
261 x 171cm
Palácio Nacional da Ajuda
O marroquino
Dom Carlos de Bragança
O marroquino, 1904
Pastel sobre cartão
Fundação da Casa de Bragança - Paço Ducal de Vila Viçosa
Rochedo batido pelas vagas
Dom Carlos de Bragança
Rochedo batido pelas vagas (cascais), 1907
Pastel sobre tela
Fundação da Casa de Bragança - Paço Ducal de Vila Viçosa
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