domingo, 11 de dezembro de 2016

Estação de caminhos de ferro Sul e Sueste


Alberto Sousa
Estação de caminhos de ferro Sul e Sueste, 1910
Aguarela sobre pastel
52 × 72 cm

Museu Nacional da Arte Contemporânea no Chiado
Historial
Adquirido pelo Estado através do Legado Valmor em 1910. Integrado no MNAC em 1911.

Exposições
Lisboa, 1910, 270, Lisboa, 1913, 38; Lisboa, 1946; Lisboa, 1951, 1, p.b.; Lisboa, 1971; Lisboa, 1982, p.b.

O mais interessante nesta aguarela é o enfoque compositivo do motivo, valorizando plasticamente as linhas incertas, simultaneamente densas e transparentes, da estacaria que suporta os casebres modestos da estação fluvial. A instabilidade assim sugerida contrasta com a solidez da amurada e o adivinhado torreão da Praça do Comércio, metaforizando o corpo lacustre da cidade. Registe-se também o timbrismo suave da luz de pôr do sol, enrouquecendo a água e acinzentando a atmosfera, num exercício móvel que quase absorve a atenção naturalista do registo.

Raquel Henriques da SIlva

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